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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O minimalismo nas capas de discos


O minimalismo, ou arte minimalista, é como se refere a arte que utiliza de poucos elementos como base de expressão. Todavia, essa série de movimentos artísticos teve seu expoente no século XX nas áreas artísticas, culturais e cientificas. A música como arte, faz parte do movimento minimalista, principalmente a clássica. As características presentes são: repetição e estaticidade.


Nas artes plásticas, o minimalismo vem depois do ápice do expressionismo abstrato, o caráter geométrico tem forte influência.


Seja nas artes plásticas, no design, na arquitetura, sempre enxerguei o minimalismo como uma forma de expressão preguiçosa, onde o autor da obra, dispunha de poucos elementos e consequentemente de pouca criatividade, e na verdade, com o tempo percebi que o simples em sua totalidade, é belo.

Podemos enxergar as capas de discos como extensões de telas de pinturas. Verdadeiras obras-primas encarregadas de dar uma identidade visual para o mais importante que está dentro. Algumas bandas preferem capas mais produzidas, outros, tentam ser significativos de uma forma mais simples, e existem aqueles que nadam entre os dois. Os Beatles, por exemplo com o Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band que é super produzido e com o White Álbum que expressa exatamente o minimalismo.


Quem nunca escolheu um disco para comprar ou até mesmo para fazer download pela capa? Uma arte minimalista poderia ser crucial na decisão de uma pessoa ao escolher um álbum dessa maneira. Então, o que levaria um artista a optar por um pequeno apelo visual na parte da obra que fica mais visível e exposta? Por querer o destaque total para a música que em suma, é o elemento primordial do conjunto? Talvez. Fato é, que o simples salta aos olhos da mesma maneira que as cores e formas de uma produção mais elaborada. Exemplo: o álbum do Velvet Underground com a Nico, assinada pelo Andy Warhol, é sem dúvida uma coisa bonita de se ver. Não existe uma interpretação complexa e não exige uma bagagem cultural para entende-la. É apenas uma banana. Porém, na semântica como está inserida, a forma como foi vetorizada, ou até mesmo a posição da assinatura do artista, fazem dela, sem dúvida uma das capas mais belas.



Em contrapartida, no quarto álbum de inéditas da banda britânica Arctic Monkeys, ou no segundo dos norte americanos/britânicos The Kills, retomam a minha ideia de arte preguiçosa. Suck It And See e Blood Pressures, XX, Franz Ferdinand, The Rip Tide são exemplos claros de capas sem apelo artístico, de uma coisa mais crua, de identificação. Ao julgar uma capa, seja minimalista ou não, temos também que levar em consideração o contexto da obra. Unknown Pleasures é um exemplo clássico. Ao vermos de primeira, nos vem a cabeça uma capa com linhas, e algumas distorções, mas não imaginamos que através destas estão a representação de uma estrela morta captada por um medidor de pulsos, o que deixa as coisas muito mais interessantes.


A forma como é escolhida a arte da frente de um álbum reflete muito sobre a banda. Mesmo que estes, não tenham participação direta em sua produção, o cargo de escolher a melhor para representar seu trabalho é uma forma de expressão além do musical, o que complementa e faz do trabalho um verdadeiro conjunto artístico.

1 comentários:

Minimalismo é tudo. Pra que overdose de informação ? Hahaha
http://creusa-vaidosa.blogspot.com/

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