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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Resenha: Wasting Light

2011 - RCA. Nota: 8.7/10
O Foo Fighters recentemente atingiu um patamar que poucas bandas conseguiram. Conhecidos e reconhecidos mundialmente e com um DVD gravado após um show para mais de 80 mil no estádio de Wembley, onde Jimmy Page e John Paul Jones fazem participação especial, Dave Grohl e sua trupe sentem um pouco do que é estar no topo do mundo. Mas daí o tempo passa e vem aquela sensação: já fizemos de tudo, e agora? Wasting Light é uma maneira bem pesada de responder essa pergunta.

O CD, gravado na garagem de Dave pelo mesmo produtor do Nevermind (Nirvana) e sem o uso de computadores (gravado em fitas), como prometeu o vocalista, é mais pesado que alguns dos trabalhos anteriores do Foo Fighters. O que não tinha sido avisado era que a banda crescera tanto musicalmente, quanto se tratando de poesia. Dave, amadurecido, não teve medo de arriscar e apresentou o que 15 anos de banda despertaram em sua mente.

Apesar de tudo, o álbum não vem com o selo de muitas vendas, tampouco com grandes sucessos ou hits. O primeiro single, White Limo, é uma "pancada" que acompanhou um clipe recheado do humor característico dos clipes do FF, além da participação do eterno "padrinho" Lemmy (Motorhead e companheiro de Dave no Probot). Uma música que se desloca da toada do cd, com gritos loucos e guitarras extremamente sujas.




A segunda música a possuir clipe foi Rope. Um clipe de boas vindas de volta a um terceiro guitarrista, companheiro de Grohl no Nirvana e no início do Foo Fighters, Pat Smear. Com uma estética um pouco diferente dos clipes atuais, e sua repercussão foi muito discreta, contudo, Rope tem riffs bem trabalhados e melodia constante.



O terceiro single é Walk. Como Dave já disse: "O videooclipe é uma forma de fazer propaganda de sua música. Por que não fazê-lo engraçado?". Assim é o clipe de Walk, com críticas a George Bush e Justin Bieber, um bom clipe. Longe de ser um grande hit, Walk é cantada em coro onde quer que seja tocada.



Há de se destacar músicas como These Days e Walk, melódicas, com letras que possuem teor emocional, suavemente distante da imagem de Foo Fighters que os cds anteriores nos deixam em mente.

Músicas como Miss The Misery e a primeira faixa (Bridges Burning) ditam o ritmo do CD, com ritmos pegados, e melodias gritáveis. Perfeitas para balançar a cabeça ou ensaiar gritos ao chuveiro.

I Should Have Known é uma música especial por mostrar bem a fase da banda e de seu líder. Quanto as referências a Kurt na letra da música, não há como se provar, mas há de se perceber a reflexão de Dave ao falar do passado.

A faixa Matter Of Time possui, especialmente em seu final, participação da bateria californiana de Taylor Hawkings, macaco velho entre os melhores bateristas do mundo.

A banda ainda tocou o álbum na integra diversas vezes pela internet. Uma delas foi no programa do Letterman. Bridge Burning é a primeira faixa de Wasting Light e a favorita do autor deste post.




Encabeçando festivais e festivais pelo mundo afora, o Foo Fighters volta ao mainstream do mundo do Rock maior do que nunca. No Brasil, a banda toca no recém chegado Lollapalooza. Eleito pela Rolling Stone Brasil melhor álbum de 2011, esse é Wasting Light, sem grandes inovações audíveis, porém com amadurecimento perceptível; sem grandes hits, com grandes músicas.

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