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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Why so indie?



Indie. Todos conhecem, todos querem ser. Mas será que sabem mesmo o que realmente significa? Ao longo dos tempos, o significado até já mudou. O termo indie vem de INDEPENDENT, independente. Vem sendo a denominação da contracultura que engloba diversos aspectos como a música, moda, comportamento.
O indie surgiu ainda com o nome de punk, que tinha como lema o “Do It Yourself” (Faça Você Mesmo). Era basicamente o contrário de tudo que era mainstream. Os punks tinham a plena convicção que jamais fariam sucesso, ganhar dinheiro ou sequer se encaixariam na sociedade com a música que faziam. E quem apenas seguia o movimento pensava o mesmo, obviamente.
O indie que conhecemos hoje estourou por volta dos anos 80, emergido de bandas punks e hardcore que passaram a gravar e produzir seus CDs de forma independente. Algumas de suas bandas mais influentes foram Sonic Youth, The Smiths, The Stone Roses, My Bloody Valentine, entre outras. Nos anos 90, podemos citar Nirvana, Pearl Jam e o Smashing Pumpkins. Algumas bandas conseguiram um grande êxito com sua música, começando a fazer o indie comerciável.
A verdade é que as coisas mudaram. Hoje em dia temos algumas bandas que começaram realmente “indie” mas que conseguiram muito sucesso – como os nossos heróis Arctic Monkeys – e hoje estão em capas de revistas, listas dos melhores álbuns de todos os tempos e tudo mais. Indie hoje em dia é puramente uma atitude. É uma grande vertente do rock, com milhares vertentes. Ou seja, uma vertente com vertentes. E exatamente por ser tão diversificada, muita gente não sabe classificar se uma banda é indie ou não. E eu, na minha estreia nesse blog, vou tentar explicar tais vertentes para vocês.
Uma das que eu mais gosto é o pop barroco. E é por isso que eu vou falar sobre ela primeiro. O que diferencia ela das outras é a abordagem de assuntos pesados com experimentalismo, ou seja, pode ser a utilização de uma orquestra. Ele se iniciou nos anos 60, com bandas como The Kinks, Left Banke, The Zombies, The Beach Boys e, é claro, The Beatles, continuou ao longo dos anos, com R.E.M.. Algumas bandas atuais que conseguem misturar o indie com o pop barroco são Arcade Fire (indie rock) e She & Him (indie folk).

Minha recomendação do pop barroco é Bon Iver. Eles conseguem misturar muito bem um folk com o pop barroco, trazendo experimentalismos diferentes em cada música. Seu primeiro álbum, “For Emma, Forever Ago” conseguiu bastante sucesso de crítica e público, entrando para listas como a da Rolling Stone como um dos melhores álbuns de 2008. “For Emma” foi gravado em condições péssimas. Justin Vernon, logo depois de se separar da sua antiga banda, conseguiu uma monocleose e um rompimento em seu relacionamento. Não é pra menos que a música mais famosa do álbum, a supostamente doce “For Emma”, é bem direta ao falar da ex: “With all your lies, you’re still very lovable”. Depois de dois EPs, lançaram esse ano o segundo álbum que se chama “Bon Iver, Bon Iver”. Um trabalho muito mais elaborado que o primeiro, com elementos eletrônicos, efeitos de estúdio que deixam qualquer pessoa sem ar. Como eu já li em algumas resenhas, retratam emoções realistas, sem dramas e tocam seu coração.

Ousarei e recomendarei os dois álbuns ("For Emma, Forever Ago", "Bon Iver, Bon Iver". Não posso recomendar só um. Também deixarei um link da minha música preferida de cada álbum.


3 comentários:

Bon Iver <3 Ótimo post Júlia, parabéns pelo seu debut aqui :)

Que delícia de post, amei. Congrats, Júlia.

A verdade é que o indie que conhecemos hoje sofreu muitas divergências, prova disso são os strokes.. julian começou compor aos 16 ouvindo nirvana por exemplo..
Indie mesmo é fazer músicas sem se preocupar com o sucesso, fazer o que agrada a si e nao os outros, mas quem é que sobrevive assim? O mais perto do 'indie natural' que eu já conheci foi o grupo Elephant Six, e de lá saiu o Neutral Milk Hotel, http://www.youtube.com/watch?v=AH3CRVVBL9o
Muito bom o post, adorei (:

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